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SÍNTESE HISTÓRICA DA CONQUISTA E COLONIZAÇÃO DO ACRE 116 ANOS
21 de  setembro de 2015 | Autor : 3 | Fonte : 3

SÍNTESEHISTÓRICA DA CONQUISTA

E

COLONIZAÇÃO DOACRE

116ANOS

PROLÓGO

Aoser festejado o centenário de Porto Velho, o qual originou o Estado deRondônia, não poderia se avidar a conquista do Acre e a Revolução Acreana,cessada com o Tratado de Petrópolis comprometendo o Brasil a construir umaferrovia no vale do Alto Madeira, a Madeira-Mamoré, originando dois núcleosurbanos, o de Porto Velho na margem direita do Rio Madeira eo de Guajará Mirimna margem direita do Rio Mamoré.

Assim,a de se convir que são não tivesse havido a Revolução Acreana, não teria sidofirmado o Tratado de Petrópolis, sem o qual não teriam surgidos Porto Velho eGuajará Mirim, assim como o Território Federal do Guaporé (Rondônia) e o Estadode Rondônia.

Aonosso regozijo pelo decurso dos cem anos de nossa história ressaltamos aparticipação do audaz povo acreano rememorando seus feitos como segue.

  

OSPERCURSORES:

 

Exploradores do Vale do RIO PURUS

 

 

Manoel Nicolau de Melo e João Gabriel de Carvalho instalaram seringais.............................

 

João Batista tenreiro Aranha presidente da Província do Amazonas organizou expedições exploratórias do Vale do Rio Purus, a 1ª Chefiada por João Rodrigues Cametá – 1852, a 2ª sub o comando de Serafim Salgado e a 3ª por ordem de Clementino Carneiro da Cunha, Presidente da Província do amazonas, chefiada por Manoel Urbano.......................................

 

O engenheiro João Martins da Silva Coutinho fez pesquisas no Purus....................................­­­

 

O geógrafo inglês W. Chandless acompanhado por Manoel Urbano com a finalidade de constatarem a existência da propaladas ligação fluvial do Rio Madeira com o Purus, o percorreram em todo o seu curso, não encontrando-a..............................................................

 

 

Antônio Rodrigues Labre com seus acompanhantes, instalou na margem do Rio Purus um seringal no local que originou a atual cidade de Lábrea/AM...................................................

 

O Rio Purus em 1865 a partir de sua foz rumo a nascente, numa extensão de 612 Km, exis-

tiam 240 colocações habitadas por famílias brasileiras.

 

Exploradores do Vale do RIO JURUÁ

 

Os droguistas do sertão iniciaram o comércio de escambo com os indígenas do vale do Rio Juruá, esses não permitiram a eles e a outros exploradores se estabelecerem............................

 

João Batista Tenreiro Aranha, Presidente da Província do Amazonas organizou duas expe-

dições exploratórias do Rio Juruá a 1ª chefiada por Romão José Oliveira e a 2ª por João da

Cunha Correia..........................................................................................................................

 

Os extrativistas Francisco Manoel da Cruz Flores, Nicolau José de Oliveira, Francisco F. de Carvalho, Antônio Petrónio Albuquerque, João Dourado e Balduino Oliveira, resistindo

a hostilidade dos indígenas, se instalaram em seringais alcançando o alto Juruá já em território peruano, a partir de ...................................................................................................

 

Francisco F. de Carvalho também instalou seringais no Riozinho da Liberdade.....................

 

Antônio Petrônio Albuquerque, Miguel Fernandes e João Busson instalaram seringais no Vale do Rio Taraucá.................................................................................................................

 

 

Coronel Hermínio Rodrigues Pessoa explorou e colonizou o vale do Rio Iaco......................

 

Exploração do Vale do RIO AQUIRI (ACRE)

 

João Gabriel de Carvalho e Melo, chefiando uma expedição composta por famílias nordestinas instalou um pouco acima da foz do Rio Acre, o seringal Inajás, o primeiro no Vale desse rio (03 de abril) seguindo-se as instalações dos seringais:.......................................

 

Boca do Acre pelo Coronel Alexandre de Oliveira Lima;........................................................

 

Silêncio e Desterro, ambos pelo Coronel Caetano Monteiro da Silva;.....................................

 

Empresa (originou a cidade de Rio Branco) pelo Coronel Neutel Maia;.................................

 

Iracema pelo Coronel Raimundo Vieira Lima;.........................................................................

 

Ao findar-se a última década do século XIX, a região dos vales desses citados rios estavam habitados por povoadores brasileiros. (barracas de palha moradia dos seringueiros).

 

Revolução Acreana – 1899 a 1903

(Síntese). – Em novembro de 1898, o Cel. Da Guarda Nacional Manoel Felício Maciel Subprefeito  de Segurança do alto Acre, obrigou o major do exército boliviano, Benigno Gamarra a se retirar com seus soldados da Vila de Xapuri por ele ocupada;

 

- Os acreanos liderados por José Carvalho, no dia 09 de maio de 1899 obrigaram o ministro boliviano Dom Móises Santivanez com seus auxiliares e a guarnição militar a se retirarem de Puerto Alonso, na qual instalaram a sede da Junta Revolucionária, mudando sua denominação para cidade do Acre. Assumindo o controle do governo do Acre.

 

- Os acreanos liderados pelo espanhol Dom Luiz Gálvez Rodrigues de Arias, sigilosamente apoiado pelo governo do Estado do Amazonas, Dr. José Cardoso Ramalho Júnior, no dia 14 de julho de 1899, proclamaram a República Independente do Acre, tendo como capital o Puerto Alonso, com denominação mudada para cidade do Acre, e como presidente da república, provisório, Luiz Gálvez. Posteriormente deposto por Souza Braga, aclamado presidente no dia 28 de dezembro de 1899.

 

- Em 12 de janeiro de 1900, Souza Braga expulsou do Acre os bolivianos que sob o comando de Ladislau Barra apoiado pelo Capitão Leite Barbosa extrativista brasileiro, haviam em sua ausência invadido a Cidade do Acre. Após o que renunciou a presidência a repassando para uma junta governativa, e esta para Luiz Gálvez, reempossando-o no cargo de presidente, em 30 de janeiro de 1900.

 

- A marinha de guerra (Flotilha do Amazonas), financiada pelo governador do Estado do Amazonas, Dr. José Cardoso Ramalho Júnior, depós Luiz Gálvez em 15 de março de 1900, e no dia 23 declarou extinta a República Estado Independente do Acre, reestabelecendo a posse pela Bolívia de acordo com o Tratado de 1867.

 

- Os bolivianos sob a chefia de Dom André Muñoz Delegado Nacional da Bolívia nos Territórios do Purus, Acre e Iaco, no dia 22 de agosto de 1900, tomaram posse desse espaço estabelecendo a sede administrativa em Puerto Alonso ex-cidade do Acre.

 

 

- Em Manaus organizou-se manifestações de protesto contra a ocupação do Acre pela Bolívia, foi decidido formar uma força expedicionária para expulsar os bolivianos. Esta foi denominada “Expedição Floriano Peixoto”, apelidada de “Dos Poetas”. Era apoiada pelo governador do Estado do Amazonas, Silvério José Neri. Deslocou-se para o Acre, atacando no dia 24 de dezembro de 1900, Puerto Alonso, sendo fragorosamente derrotada recolhendo-se à Manaus, municiando os bolivianos com fuzis, metralhadoras e um canhão abandonados no campo da batalha.

 

- Os acreanos decidiram retornar a luta armada para reestabelecer a República do Acre e impediram a instalação do Bolivian Syndicate empresas econômica colonialista, anglo-americana para a qual o governo boliviano arrendará o Acre. Os empresários comandantes da Junta Revolucionária convidaram o agrimensor José Plácido de Castro,  major reformado do exército para comandar com plenos poderes à revolução. Aceitou, iniciando as ações bélicas tomando a Vila de Xapuri no dia 06 de agosto de 1902, prendendo o Intendente Juan de Dios Barrientos, seus auxiliares civis, militares e os soldados da guarnição, permitindo-lhes se retirarem para a Bolívia. No dia 07 proclamou o restabelecimento da República Estado Independente do Acre. Organiza e treina o seu exército de seringueiros. No dia 14 de outubro (1902), derrotou o coronel Rosendo Rojas, no seringal Volta da empresa. Prossegue sua campanha vitoriosa, no dia 24 de janeiro de 1903, derrota Dom Lino Romero, Delegado Nacional das Colônias e seus comandados, ocupando Puerto Acre, ex-Puerto Alonso, todo o espaço do Acre passa para o domínio dos acreanos.

 

- Em fevereiro de 1903, o presidente da república, Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves de acordo com a nova politica do chanceler Barão do Rio Branco, deslocou tropas do exército sob o comando do general Olímpio da Silveira, para ocuparem o espaço compreendido entre a linha Cunha Gomes e o paralelo 10º 20” agora denominado Acre Setentrional litigiosa. O referido general foi nomeado seu governador com ordem expressa de se manter dentro dos limites desse território, descumprindo, sendo exonerado. Plácido de Castro permanecia presidente da República do Acre(Acre Meridional).

 

- O presidente da Bolívia, general Manuel Pando no comando o 5º batalhão e o Ministro da Guerra, Ismael Monte o 1º batalhão se deslocaram de La Paz para esmagar os acreanos, retomar o Acre e repassa-lo ao Bolivian Syndicate, o qual se comprometera a fazer um adiantamento de alguns milhares de libras referentes ao pagamento das prestações do contrato.

 

- Os batalhões bolivianos alcançaram o Rio Abunã , acampando em Porto Rico margem do Rio Tauamanu, no qual as tropas de Plácido de Castro, no dia 21 de abril de 1903 o atacaram iniciando o envolvimento de cerco, só não os derrotando, por ter recebido uma correspondência oficial avisando que o Brasil e a Bolívia haviam firmado um modos vivendi no dia 21 de março (1903). As hostilidades de ambas as partes foram cessadas. Porém Plácido de castro manteve-se nos espaços conquistados com vista garantir suas posses no tratado de paz.

 

- Agora a batalha era no terreno diplomático entre os plenipotenciários Fernando Guachali e Cláudio Pinilla da Bolívia, Assim Brasil e o Barão de Rio Branco do Brasil, de cujo consenso resultou o Tratado de Petrópolis aprovado no dia 17 de novembro de 1903, definindo os limites fronteiriços entre o Brasil e a Bolívia, solucionando em definitivo o litígio do Acre.

 

 

O governo brasileiro anexava imensa área geográfica, em uma imediata situação geopolítica sem ter condições legais de determinar a identificação administrativa do novo ente integrando-o à comunidade nacional, visto nada a respeito constar na Constituição. Embora não sendo prevista a situação jurídica foi decidido organizar o Acre como território subordinado ao governo da União, sendo expedida a Lei n.º 1.181 de 25 de fevereiro de 1904. E o Decreto n.º 5.188 de 7 de abril de 1904, de organização administrativa, dividindo os 152.000 Km² em três Departamentos: Alto Purus, Alto Juruá e Alto Acre, administrados por prefeitos com amplos poderes, nomeados pelo Presidente da República.

 

Na Constituição de 1934 na ordenação do espaço geográfico, constava o Território. O Acre teve sua administra politica unificada, substituindo a departamental por centralizado sob o mando de governadores nomeados pelo Presidente da República.

 

Artigos publicados*     - jornais – unificado, substitui o governo departamental por central,

- 100 Anos do Tratado de Petrópolis – Alto Madeira – Ed. De 08 de dezembro de 2003 na condição de Território Federal.

Anatomia de Uma Revolução

- Brava Gente Acreana

101 Ano do Tratado de Petrópolis     - Rio Branco/AC – Ed. de 15 de novembro de 2004.

- Epopeia dos Valentes Nordestinos  - Rio Branco/AC – Ed. de 02 de agosto de 2008.

                                                           - Livros

- Apontamentos Sobre a Revolução Acreana – Aut. José Plácido de Castro – Ed. Valer (2003) Email: [email protected]

- O Espirito Militar na Questão do Acre        -  Aut. Luis Felipe de Castilhos

                                                                                  Goycochea ............ Ed. Biblioteca Exército Editora (2007).

                                                                                  E mail:[email protected]

- Formação Histórica do Acre                        - Aut. Lendro Tocantns    Ed. Conquista – Rio de Janeiro (1961).

                                                                                                                 Av. 28 de setembro, 17.

* Artigos de minha autoria.

Em 14/09/2015.

 

Abnael Machado de Lima

 

 

 

 

 

 

 

 

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Abnael Machado
Membro do Instituto Geográfico de Rondônia
 

ACLER - Academia de Letras de Rondônia
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