Durante muitos anos era comum eu ir sentar, como muitos outros interessados na história local, na sala do historiador e jornalista Esron Penha de Menezes (1914/2009) e ouvir suas narrativas. Várias vezes, quando tratou da visita do presidente Getúlio Vargas, ele repetiu os fatos a seguir.
Na chegada do presidente um problema: o prefeito de Porto Velho meteu a mão no paletó para pegar o discurso de saudação, mas deixou ver o punhal que sempre suava. O segurança “Gaúcho” saltou em cima e desarmou o prefeito que até desistiu do discurso.
Naqueles dias o tema era a criação do Território. O governador Epaminondas Martins, do Acre, chamado por Vargas para uma reunião durante a visita, foi questionado sobre o fato, e a proposta das lideranças guajaramirenses, sobre criar o Território, mas só com terras de Mato Grosso e capital em Guajará. Segundo Esron ele respondera: “Presidente, o Território deve ser criado sim, mas com a capital em Porto Velho”. Três anos depois Getúlio criou o Território, com capital em Porto Velho.